Quando se fala em publicidade, duas ideias centrais permeiam o processo de elaboração da mensagem: informação e persuasão. Informar é transmitir dados idôneos sobre um produto ou serviço. É trazer informações claras e precisas, sejam elas de apelo racional ou emocional, que possibilitam o fluxo da comunicação. Persuadir vai mais além. Persuadir tem a ver com alinhar tais informações, colocando-as de modo favorável a quem vai consumir o produto ou serviço. Tem a ver com a escolha dos melhores argumentos, da forma como o público gosta de ser tratado, com o que espera receber. A publicidade, segundo Neuza Dermatini Gomes, é uma informação persuasiva.
João Carrascoza, na abertura do livro Razão e Sensibilidade no Texto Publicitário, enfatiza que a palavra PERSUASÃO vem do latim svad que quer dizer suave. Trata-se, portanto, de uma forma de sugestão. Em geral, é sedutora, insinuante, não declarada. Sugestiva, abrangente. No mito da criação, a publicidade persuasiva poderia figurar como a serpente. Insidiosa. Manipuladora. Mas isso são os velhos tempos. No mundo de verdades aclaradas que nos visita a todo instante e no qual eu acredito, esse caráter pernicioso da publicidade precisa ser revisitado.
Estamos aqui para gerar conexões verdadeiras. Trabalhar com um elo de valores entre quem emite e quem recebe algo. Vale observar que quando há sintonia entre estes dois pólos que estão em interação, falamos em conexão. Mais comunicação verdadeira, mais trocas e menos estratagemas antiquados que se firmam em gatilhos mentais.
Uma rede social, portanto, é uma rede que conecta pessoas com objetivos comuns, sejam elas mediadas ou não pela tecnologia. Que bom que pensamos assim. Que bom que você está aqui! E se ainda assim essa não for a sua verdade, puxe uma cadeira e vamos conversar.
Consultora na área de criatividade, professora, escritora, palestrante e redatora publicitária. Apreciadora de histórias.