Brain rot: o assunto do momento e reflexões que podem ajudar

Depois da saga dos bebês reborn, do morango do amor, parece que as redes agora só querem falar de um assunto: brain rot. Pelo menos na minha bolha, ele está bombando em posts, vídeos… até a revista Meio & Mensagem acordou hoje falando do tema.

Aportuguesando: é aquela sensação de fadiga mental. Na tradução literal, o termo se refere a um “apodrecimento cerebral” — como se estivéssemos consumindo tanto conteúdo rápido e superficial que nosso cérebro se esgotasse só de pensar em alguma atividade mais desafiadora ou complexa, que exija mais etapas e atenção.

Conhecedores da psicologia e das teorias da criatividade sabem que, se nos aprofundarmos demais nesse tema, corremos o risco de alimentar ainda mais o problema. Mas ignorar sua existência também não parece a melhor opção. Talvez dosar a intensidade da atenção que damos a isso seja um “caminho do meio” bastante produtivo. Neste texto, quero tocar levemente no assunto e mostrar como o uso prático da criatividade pode ser uma saída interessante.

Olhando para minha vida hoje, vejo um verdadeiro arsenal de distrações — e, inevitavelmente, me perco em muitas delas. Com o pensamento acelerado, é natural esquecer onde deixei algum objeto… ou até aparecer no shopping no domingo às 10h, totalmente alheia ao fato de que ele só abre à tarde. O que fazer nesses casos? Rir, contar pras amigas — de preferência num bar, estreitando os laços, se for a sua pegada — e não dar palco demais pra coisa. Seguimos então investindo em medidas que protejam nossa saúde mental.

Pra mim, a primeira medida de proteção da mente e do cérebro é a prática. Das atividades que escolhi pra mim, a leitura é uma das que mais favorecem a concentração. Sempre fui uma leitora voraz. Mas, com o corre-corre do dia a dia, a literatura foi ficando de lado. Textos, só os acadêmicos. Participar de um grupo de leitura me força a um movimento que me agrada: vencer o cansaço mental antecipado, ir a uma livraria ou biblioteca, ter contato com diferentes estilos de escrita — e não só com o padrão das inteligências artificiais, por exemplo. Não basta dizer “gosto muito de ler”. É preciso… ler. E entre essas duas frases existe um abismo — que pode ser vencido com atividades um pouco mais estruturadas. Como os clubes de leitura, por exemplo.

Isso vale pra qualquer outro aspecto da vida. Inventar, de forma criativa, caminhos para mudar o curso da rotina puxada, repetitiva, sugadora de energia. Descobri, por exemplo, que trabalhar em casa às sextas-feiras estava me deixando ansiosa, por conta do volume de distrações. Resolvi então trabalhar de um coworking — de onde, aliás, estou escrevendo este texto pra vocês.

O mundo de hoje nos obriga a encontrar formas estratégicas de continuar cumprindo o nosso propósito.
Então, a dica de hoje é essa: para vencer o brain rot, encontre estruturas mínimas que te ajudem a fazer o que precisa ser feito — e alie isso a pausas criativas que cada um de nós merece.

Passos pequenos. Pausas criativas. E muita história pra contar.
Continuemos experimentando.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress