Essa semana, um assunto ligado à criatividade orbitou em dois eventos em que estive presente. Ontem à noite, ao deixar uma amiga em casa depois de um Clube do Livro, ela me confidenciou que se pegou apreciando as coisas simples da vida. A filha de quase três anos, na pontinha dos pés, fazendo gracinha enquanto era medida naquelas marquinhas que fazemos nas paredes. Era como se o tempo estivesse passando mais devagar para que juntas pudessem aproveitar a infância. E ela me disse “Ali não estava acontecendo nada. Mas o jeitinho dela de se esticar na parede, o ar sapeca, o equilíbrio ali tentando ficar na pontinha do pé pra ficar um pouquinho mais alta.
A outra história foi na palestra que dei hoje no Ministério da Defesa para as assessorias de comunicação. Enquanto trabalhávamos a diferença entre a escrita burocrática x escrita criativa, e também fazíamos a junção de ambas, uma jornalista pediu a palavra e falou da importância de descobrir a criatividade no ordinário… e só assim chegarmos ao extraordinário. Outro militar expressou sua coragem ao desafiar sua “quadradez” como ele definiu, indo à palestra por conta de uma curiosidade.
E isso me fez pensar. Como a criatividade é rebelde e singela ao mesmo tempo. Em um mundo cheio de produtividade, de entregas que precisam ser estratosféricas, rápidas, impactantes, o que desperta o senso de presença de uma mãe é um tempo estendido com a filha pequena – na verdade as filhas. Por outro lado, a subversão dos militares hoje foi entrarem em uma palestra fluída, imaginativa, de resgate de referência da infância.
Duas profissionais de comunicação relataram na palestra a vontade de chorar, emocionaram-se ao serem criativas por uma manhã. É a curiosidade que foi abrindo as portas, encontrando uma fresta no ordinário para se alcançar o extraordinário.
A criatividade é feita de espanto e perplexidade. Outro dia minha psicóloga relatava que passou uns fartos minutos investigando para onde um passarinho estava levando um pedaço de inseto. E concluiu “acho que estou louca”. Ou seria apenas curiosa….
Não fomos treinados a sermos curiosos “Larga de ser curioso, menino”. “Deixa de ser enxerida” “Não tenho tempo pra te explicar isso agora” “Na volta a gente compra.”
Aos poucos a curiosidade vai minguando, escorrendo pelas frestas dos tempo e da nossa praticidade.
Ser criativo leva tempo. As pistas estão no ordinário, naquilo que ainda arranca um sorriso tímido, numa receita nova, numa tarde observando o sol que se põe. No livro Moby Dick que uma das pessoas na plateia disse ter comprado sem saber sequer se conseguiria terminar.
Comprou porque gostou. E isso basta.
Quero porque quero. Que esse possa ser nosso mantra mais vezes. Por achar curioso, por achar divertido, saboroso ou simplesmente… porque ressoa na alma.
Também teremos a oportunidade de resolver problemas complexos, criar projetos vultosos, alcançar grandes feitos. Desde que comecemos pela base certa que é… relaxar, reconectar e buscar as pistas que estão… aí.
A outra história foi na palestra que dei hoje no Ministério da Defesa para as assessorias de comunicação. Enquanto trabalhávamos a diferença entre a escrita burocrática x escrita criativa, e também fazíamos a junção de ambas, uma jornalista pediu a palavra e falou da importância de descobrir a criatividade no ordinário… e só assim chegarmos ao extraordinário. Outro militar expressou sua coragem ao desafiar sua “quadradez” como ele definiu, indo à palestra por conta de uma curiosidade.
E isso me fez pensar. Como a criatividade é rebelde e singela ao mesmo tempo. Em um mundo cheio de produtividade, de entregas que precisam ser estratosféricas, rápidas, impactantes, o que desperta o senso de presença de uma mãe é um tempo estendido com a filha pequena – na verdade as filhas. Por outro lado, a subversão dos militares hoje foi entrarem em uma palestra fluída, imaginativa, de resgate de referência da infância.
Duas profissionais de comunicação relataram na palestra a vontade de chorar, emocionaram-se ao serem criativas por uma manhã. É a curiosidade que foi abrindo as portas, encontrando uma fresta no ordinário para se alcançar o extraordinário.
A criatividade é feita de espanto e perplexidade. Outro dia minha psicóloga relatava que passou uns fartos minutos investigando para onde um passarinho estava levando um pedaço de inseto. E concluiu “acho que estou louca”. Ou seria apenas curiosa….
Não fomos treinados a sermos curiosos “Larga de ser curioso, menino”. “Deixa de ser enxerida” “Não tenho tempo pra te explicar isso agora” “Na volta a gente compra.”
Aos poucos a curiosidade vai minguando, escorrendo pelas frestas dos tempo e da nossa praticidade.
Ser criativo leva tempo. As pistas estão no ordinário, naquilo que ainda arranca um sorriso tímido, numa receita nova, numa tarde observando o sol que se põe. No livro Moby Dick que uma das pessoas na plateia disse ter comprado sem saber sequer se conseguiria terminar.
Comprou porque gostou. E isso basta.
Quero porque quero. Que esse possa ser nosso mantra mais vezes. Por achar curioso, por achar divertido, saboroso ou simplesmente… porque ressoa na alma.
Também teremos a oportunidade de resolver problemas complexos, criar projetos vultosos, alcançar grandes feitos. Desde que comecemos pela base certa que é… relaxar, reconectar e buscar as pistas que estão… aí.
Consultora na área de criatividade, professora, escritora, palestrante e redatora publicitária. Apreciadora de histórias.